
Secretaria de Estado da Saúde emitiu um alerta aos serviços
de saúde para casos suspeitos de sarampo, embora a Paraíba apresente somente um
caso em investigação. O cuidado se deve ao fato de que no Brasil, até o dia 3
de agosto – Semana Epidemiológica 31, foram confirmados 1.388 casos de sarampo,
sendo 1.322 (95,2%) nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Paraná,
que estão com surtos de sarampo, e 66 (4,8%) nas demais Unidades da Federação,
as quais não se encontram com surtos da doença.
Diante dos casos em todo o território nacional, a gerente de
Vigilância em Saúde, Talita Tavares, alerta que deve ser notificado como caso
suspeito "todo paciente que apresentar febre e exantema maculopapular
morbiliforme (manchas avermelhadas), acompanhados de um ou mais dos seguintes
sinais e sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite, independentemente da
idade e situação vacinal; ou todo indivíduo suspeito com história de viagem
para locais com circulação do vírus do sarampo, nos últimos 30 dias, ou de
contato, no mesmo período, com alguém que viajou para local com circulação
viral”.
O secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros, explica
que "a notificação de caso suspeito de sarampo é obrigatória e deve ser
feita às autoridades sanitárias e de vigilância em até 24 horas. Apresentando
essa sintomatologia, é importante ir ao posto de saúde mais próximo para
receber a devida assistência".
Os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Sergipe,
Minas Gerais, Santa Catarina, Pernambuco, Amazonas e Roraima apresentam casos confirmados
de sarampo. A Paraíba apresenta um caso em investigação, de acordo com o
boletim epidemiológico publicado pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira
(16), aguardando confirmação laboratorial.
Imunização- A vacina é a única forma de prevenção do
sarampo. A tríplice viral protege contra sarampo, rubéola e caxumba e está
disponível nas salas de vacina dos municípios.
A Secretaria Estadual de Saúde ressalta a importância de
finalizar o esquema vacinal para evitar casos da doença. A Paraíba apresenta
83,94% cobertura da primeira dose da tríplice viral. A meta é de 95%. O secretário Geraldo Medeiros orienta os
gestores municipais de saúde que "fortaleçam as estratégias, divulguem e
implementem as medidas necessárias para, na ocorrência de casos suspeitos,
desencadearmos as medidas em tempo oportuno". O secretário convida a
população para se "unir à Secretaria de Saúde com o objetivo de se vacinar
e evitar mortes".
A imunização com a tríplice deve seguir o seguinte esquema:
- Indivíduos de 12 meses a 29 anos de idade: 2 doses de
tríplice viral com intervalo mínimo de 30 dias entre elas;
- Indivíduos de 30 a 49 anos de idade não vacinados: 1 dose
de tríplice viral;
- Profissionais de saúde não vacinados: 2 doses com a vacina
tríplice viral independente da idade, com intervalo mínimo de 30 dias entre
elas.
No momento, ainda é
indicada a vacinação de crianças de 6 meses a menores de 1 ano que vão se
deslocar para municípios que apresentam surto ativo de sarampo. A imunização
deve ser feita pelo menos 15 dias antes da viagem.
A Secretaria Estadual de Saúde, por meio da Gerência
Executiva de Vigilância em Saúde, segue o protocolo de investigação de todos os
casos que forem notificados para o agravo e disponibiliza uma equipe de plantão
para receber as informações devidas e auxiliar os serviços de saúde em qualquer
necessidade mediante caso suspeito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário