TJ está preocupado com o aumento no índice de violência contra a mulher.
A desembargadora Maria de Fátima Bezerra Cavalcanti, respondendo pela
vice-presidência do Tribunal de Justiça da Paraíba, realiza às 11h desta
quarta-feira, 27, reunião com a participação das juízas dos Juizados de
Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de João Pessoa e Campina
Grande e representantes do Ministério Público. Foram convidadas também a
Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana e das delegacias
especializadas da mulher.
A convocação da magistrada para a reunião, que acontece no gabinete
da presidência do Tribunal de Justiça foi motivada pelo aumento dos
índices de violência contra a mulher verificado nos primeiros seis meses
de 2012.A desembargadora Fátima Bezerra, que também é diretora do Núcleo de Conciliação do Tribunal de Justiça, observou que apesar do esforço que tem sido empreendido pelos poderes constituídos, bem como pelas entidades representativas, esses números crescem e preocupam.
A desembargadora lembrou o esforço do Tribunal de Justiça, na gestão do desembargador Abraham Lincoln, que nos últimos meses implantou dois juizados especiais de proteção à mulher nos dois principais centros do Estado, João Pessoa e Campina Grande.
A magistrada disse que o objetivo da reunião é discutir o enfrentamento à situação e alertar para a gravidade do problema que aflige a mulher e reflete na sociedade. É preciso que haja a unidade de todos os segmentos representativos. Em suas palestras a desembargadora tem advertido para a situação, conclamando para uma reflexão a respeito do tema. Lembrou que a cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil, e elas precisam reagir junto com os segmentos de apoio. “O Judiciário está disponibilizando os meios e é preciso crer na Justiça, divulgar a Lei Maria da Penha e denunciar agressões às mulheres”, afirmou.
De acordo com os números levantados pelo Centro da Mulher 8 de Março, em apenas quatro meses, 21 mulheres foram assassinadas na Paraíba. Esse número representa quase 50% do total de crimes que foram registrados ano passado quando 44 mulheres foram mortas. Para a desembargadora essa é uma situação que não pode persistir “A mulher não pode ser violentada e agredida, principalmente em seu ambiente familiar, e ficar impotente, sem reagir. É preciso que perca o medo, pois existem mecanismos para protegê-la”, alertou.
da Redação com assessoria
WSCOM Online
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